domingo, 4 de setembro de 2011

Estudos começam hoje. O caminho se faz ao andar!

A obra O Judas em Sábado de Aleluia, de Martins Pena, é uma comédia de costumes, escrita no final do século XIX, contendo apenas um ato e doze cenas.

Martins pena é um dos maiores dramaturgos brasileiros, o criador do Teatro Nacional. Na peça, ele zomba dos costumes sociais do Rio de Janeiro do século XIX, pois trata basicamente de um tema comum esboçado pelos autores românticos: das moças que buscam um noivo para si, bem como um reforço retratista da pequena burguesia: funcionários públicos, militares etc.
Dotado de singular veia cômica, soube aproveitar o momento em que se intensificava a criação do teatro romântico brasileiro, que possibilitava tratar das situações e personagens do cotidiano, e mostrou a realidade de um país atrasado e, predominantemente, rural, fazendo a platéia rir de si mesma. Seus textos envolvem, sobretudo, flagrantes da vida brasileira, do campo à cidade. Assim, apresenta com temas principais, os problemas familiares, casamentos, heranças, dotes, dívidas, corrupção, injustiças, festas populares etc. Sua galeria de tipos compreende: funcionários públicos, padres, meirinhos, juízes, malandros, matutos, moças namoradeiras ou sonsas, guardas nacionais, mexeriqueiros, viúvas etc.
Na peça fica patente a crítica de Martins Pena à sociedade hipócrita que semeia visões distorcidas daquilo que é em sua interioridade podre. Percebe-se a crítica à moral burguesa com os seus desejos e certezas. Fica clara ainda a figura da esperteza de Faustino.
A história passa-se no Rio de Janeiro, no ano de 1844.
PERSONAGENS
JOSÉ PIMENTA, cabo-de-esquadra da Guarda Nacional
CHIQUINHA
MARICOTA e suas filhas
LULU (10 anos)
FAUSTINO, empregado público
AMBRÓSIO, capitão da Guarda Nacional
ANTÔNIO DOMINGOS, velho, negociante
Meninos e moleques

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