quinta-feira, 8 de abril de 2010

Um debate saudável

Nosso amigo Eduardo Moreira (Carioca), do grupo Galpão, lançou uma questão ao menos polêmica: existe uma certa decadência no ar. Alguns espaços culturais estão sendo fechados, eventos se perderam na história e, a cada período, fala-se em tendências... Ou seja, tenta-se classificar os trabalhos em rótulos e "delimitar" a capacidade criativa no período. Ou é stand up, ou é isso ou aquilo. Como se não houvesse propostas diferentes, idéias diferentes, desejos diferentes.
Será que realmente estamos no caminho certo? O que ficou de sólido, consistente, ao longo dos anos?
Ou o melhor é isso: ações pontuais, efêmeras, apenas para "marcar espaço" e garantir o status quo?

3 comentários:

  1. Criatividade não combina em nada com rótulos e padrões.
    Acho que o Eduardo tem razão em seu comentário (é só ler nos jornais as críticas dos principais festivais de teatro do Paí para perceber que algo saiu da linha).
    O problema é quando tudo vira produto industrial, os grupo se obrigam a fazer o "que dá dinheiro". Ninguém é contra o dinheiro, afinal todos temos nossas contas, mas a arte não dá pra ser produção em escala tem que ser artesanal, com sentido, mensagem, emoção.
    Caso contrário fica só mais um monte de falas perdidas sem direção, sem sentido.

    Bom é o que eu acho.

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  2. No final sobrarão os medíocres e os heróis, os primeiros pelo dinheiro, os outros pelo amor, mas ambos sem propósitos pois ou estarão sem conteúdo ou sem público. E no nosso "banquinho" ator-mensagem-público quando um "pé" falta o banquinho cai. No meio estará a escória fingindo ter conteúdo e contentando-se com migalhas. Lamento ser esta a minha visão do futuro... Tuca

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  3. É tão perigoso rotular quanto não pertencer à uma tendência pelo que tenho visto hoje em dia.

    Dizem que somos uma geração de intérpretes e que há dezenas de anos não temos um criador.

    Será esse o momento de criarmos? Mas o que falta para criar no universo teatral que ainda não foi inventado e/ou experimentado?

    O engraçado de inovar-se é que tenho a impressão de geralmente estarmos danto um passo para atrás, rs.






    Aidê

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