sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

BREVE EM NOSSA REGIÃO

Circo Roda Brasil

Da união dos grupos teatrais Parlapatões e Pia Fraus surgiu, no início de 2006 o Circo Roda Brasil, com o objetivo de renovar o conceito da atividade circense. A junção das companhias aproveita as características de suas linguagens específicas, compondo uma unidade no que diz respeito à comunicação direta com a platéia, à utilização de recursos de picadeiro, a uma constante pesquisa cênica e à manutenção de seus respectivos repertórios.



O Circo Roda Brasil responde aos anseios de artistas que sempre sonharam em seguir pelas estradas, levando às cidades brasileiras suas variadas linguagens cênicas: teatro, circo e teatro de bonecos. A trupe mostra uma tendência contemporânea de profissionalização do circo e, dessa forma, busca propor uma discussão sobre os novos rumos para as artes circenses, tanto no que diz respeito à parte artística, como no que se refere à administração empresarial de um grupo, aliada a condições favoráveis de geração de trabalho e renda


Assim, abre-se espaço para uma gestão moderna, valorizando artistas de qualidade e o treinamento constante para uma melhor qualificação técnica e estética. Num contraponto ao circo tradicional, o Circo Roda Brasil procura romper com o pensamento estigmatizado de que circo seja um mero entretenimento superficial, pretendendo erguer a linguagem do picadeiro ao mesmo grau e visibilidade que as outras artes cênicas do país.

Com lona de 32m de diâmetro e capacidade para 700 pessoas, o Circo Roda Brasil visa proporcionar um novo ambiente, com conforto ao espectador, sem que isto signifique ingressos de alto valor. A linguagem visual diferenciada do Circo Roda Brasil e a proximidade com o teatro trazem uma nova vitalidade à arte circense, levando ao público espetáculos modernos e diferenciados.



OCEANO:
O espetáculo narra as aventuras de um menino que descobre um universo novo no fundo do mar. Isso acontece quando ele é engolido pelo ralo de sua banheira, na tentativa de recuperar um brinquedo. O espetáculo se desenvolve a partir dessa história simples e que brinca com a fantasia popular. Com base em sua experiência teatral, o Circo Roda Brasil busca a unidade de criação e uma qualidade artística diferenciada. “O circo deve continuar a transmitir a idéia de festa comum, na qual todo mundo se diverte. Porém, buscamos dar um passo maior na experiência com a linguagem, no sentido de usarmos os recursos teatrais integrados à arte circense”, afirma Hugo Possolo, diretor.




Com formato contemporâneo, a linguagem visual é diferenciada e pautada pela radicalidade. O espetáculo explora também o alto grau de dificuldade e o aspecto radical dos números circenses, incluindo a patinação – presente durante toda a narrativa. Rampas de patins são utilizadas para manobras mais técnicas e para a entrada e saída de cena dos artistas. Além disso, a patinação radical realizada em halfs denota uma linguagem acrobática, que reforça o estilo inovador do espetáculo.




Para reproduzir as sensações de leveza e flutuação do universo submarino, Oceano reúne também elementos marcantes de seus criadores, como a comicidade e o teatro de bonecos, além de diversas modalidades aéreas e de solo. Acrobacias, esquetes cômicas, malabares, trapézios e pernas-de-pau se mesclam aos recursos de ilusão, efeitos especiais, projeções, iluminação e bonecos infláveis. O espectador realiza um verdadeiro mergulho radical nas situações e imagens que a vida no oceano pode inspirar.



O cenário criado por Luís Frúgoli representa o ambiente aquático de forma grandiosa e em diversos tons de azul, com tecidos que se movimentam e seres marítimos que permeiam o imaginário popular. Arraias, algas, conchas, cavalos-marinhos, peixes-espada, sereias, tubarões, baleias, polvos, enguias, leões-marinhos, pingüins, ninfas do mar e outras criaturas passam pelo palco, em constante interação com os números apresentados no picadeiro, valorizando todo mistério e encantamento que envolvem o fundo do mar.


A partir da montagem idealizada por Hugo Possolo, a trilha sonora foi especialmente composta pelos músicos Branco Mello (Titãs) e Emerson Vilani (Funk Como Le Gusta). Gravada em estúdio, mescla estilos como o punk rock, o hardcore e a música eletrônica, numa referência à urbanidade que permeia todo o espetáculo. Ao vivo, a trilha conta com a intervenção do percussionista Roberto Montag.

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