A comédia O Papa e a Bruxa marca a maioridade dos Parlapatões, que em 2009 completa 18 anos. O texto do dramaturgo italiano Dario Fo, Nobel de Literatura de 97, é tão engraçado quanto ácido. Encara com humor temas polêmicos de difícil digestão, como a liberalização das drogas, o cebilato, o aborto e a disseminação da Aids.
A encenação, dirigida por Hugo Possolo, vem celebrar o humor crítico, cheio de improvisos, de comunicação direta com a platéia, que caracteriza a trupe parlapatônica.
O Papa está no Vaticano com um enorme problema de coluna, que o faz caminhar todo torto e com pânico de receber milhares de crianças terceiro-mundistas na Praça São Pedro. Cardeais de sua assessoria o pressionam para que atenda jornalistas que o aguardam para uma coletiva de imprensa. Diante de um ritmo acelerado de fatos e decisões recebe seu médico que o auxiliará cientificamente na sua dor e em sua confusão mental. Porém o médico não dá conta da tarefa, mas uma Freira que o acompanha mostra-se poderosa em soluções. O Papa percebe que a Freira tem poderes muito mais que científicos. Depois de uma série de peripécias, o Papa constata que a Freira viveu na África e se tornou uma Curandeira. Assustado, ele expulsa a Freira, do Vaticano. Pouco tempo depois, a crise de dor aumenta de maneira incontrolável e o Papa, à paisana, resolve procurar a Freira/Bruxa para resolver seu problema e a partir daí se questiona sobre as ações do Vaticano e da Igreja Católica.
Sobre Dario Fo
Autor, diretor e protagonista em mais de cem farsas e comédias apresentadas em todo o mundo, Dario Fo teve seus textos traduzidos em 30 idiomas.
Participou do importante momento de renovação do teatro italiano, chamado “teatri do piccoli” (teatros pequenos), onde desenvolveu uma linguagem popular que utiliza até hoje em suas peças teatrais.
O autor recebeu o Premio Nobel de Literatura em 9 de outubro de 1997. No ano seguinte, o Ministério da Cultura da França concedeu a Fo a Comenda das Artes e das Letras. Em maio de 2000 recebeu, naquele país, três prêmios Molière por sua peça Morte acidental de um anarquista.
O Papa e a Bruxa é um texto inédito no Brasil.
Ficha Técnica
Texto Dario Fo
Tradução Luca Baldovino
Adaptação e Direção Hugo Possolo
Elenco
Hugo Possolo
Carmo Murano
Raul Barretto
Henrique Stroeter
Fabek Capreri
Alexandre Bamba
Fernanda Cunha
Hélio Pottes
Guilherme ToméRonaldo Cahim
Cenários: Hugo Possolo e Werner Schulz
Figurinos: Telumi Helen
Trilha Sonora original:Paulo Soveral
Iluminação:Reinaldo Thomaz
Produção Executiva: Cristiani Zonzini
Realização: Parlapatões(Agentemesmo Produções Artísticas)
Recomendado para maiores de 14 anos.
Duração: A encenação em dois atos de 40 minutos cada com intervalo
Teatro Municipal de Sertãozinho
Dia 26 de agosto, 20h
Ingressos populares: R$ 5,00